SPOILER
1) Dos jogos Zelda. O que você falou lá de principal foi do z-targeting. Essa mecânica foi feita pensando na movimentação em ambientes 3D, foi parte do trabalho que a Nintendo iniciou no mario 64 basicamente, em planos para permitir uma boa jogabilidade em ambientes tridimensionais Z-targeting pode ser usado para conversar com NPC's por exemplo (e o primeiro contato no jogo com esse sistema é justamente falar com uma Kokiri sentada num lugar alto). Minha discussão se focava mais em mecânicas usadas diretamente para ferir e matar os adversários. O contexto histórico e a noção altamente subjetiva de "proporcionalidade de impacto" pra min não importa muito. Estamos no agora, e não na época, logo vou olhar principalmente para as mecânicas disponíveis em cada um, puramente.
Zelda ALTTP tem um ataque básico ao invés de combo, e o ataque tem amplitude um pouco maior que noventa graus, partindo do lado esquerdo até passar um pouco da frente do link, deixando parte o lado direito sem "hitbox" o que forcava a um posicionamento não muito natural para acertar alguns inimigos as vezes. Segurando o botão de ataque e andando pra frente tem stabs, e soltando o botão tem o fire spin. Com life cheio tem golpe especial.
Zelda OoT tem tudo isso, mas tem combo de 3 hits, e segurando o analógico para um lado o combo muda, e segurando para frente vira stab. Jump attack apareceu.
Zelda MM expandiu adicionando transformações com movimentos próprios, spins e bolha do deku, barbatana e "boomerang" do Zora e socos e roll do Goron.
Zelda WW não mais tem as transformações, mas o combo aumentou o número de hits, e foi adicionado técnicas de espada, como shield bash e o side spin com ataque nas costas do inimigo.
Zelda minish cap, volta a ser mais simples, mas o swing da espada agora é de 180 graus e ainda possui técnicas de espada.
Zelda TP remete bastante ao do OoT, mas tem várias técnicas de espada que podem ser aprendidas, mas que WW, e mantem as mais eficientes como o citado side spin.
Zelda SS remove alguns técnicas e mantem outras, mas adiciona a mecanica de angulação, onde agora golpes podem ser ângulados como desejar, e inimigos precisam de golpes de orientação específica, ou de forma a revelar fraquezas, como o inimigo que é um tipo de poste com um olho, e você o corta horizontalmente para reduzir o tamanho dele até o seu, para então usar um stab no olho. Adicionou o skyward strike também.
BOTW não usa mais angulação especifica dada a ausência de controles de movimento, mas no lugar adicionou tudo aquilo que eu disse.
Por tal motivo, acredito que é o que tem maior variedede e possibilidades na batalha. 164 pessoas que votaram também pensam dessa forma.
https://gamefaqs.gamespot.com/boards/18 ... d/75141194.
Vejo que discorda, mas bem, seu tópico pediu opiniões. Dei a minha, e agora também a de 305 pessoas. Espero que satisfaça sua curiosidade.
2) Dos adventure/RPG, você não mostrou nenhum (ordem dos fatores antes e depois da barra importa). Mostrou RPG/action e aqui era óbvio que seriam mais complexos, é isso que é um dos focos destes jogos, não de Zelda. Eles não são parecidos (principalmente Monster Hunter). Então a comparação realmente não diz muita coisa. É como fazer " Zelda tem pluzzles bem melhores que os souls e monster hunter", ora, tudo bem, Zelda se propôs a dar um foco maior nesse aspecto do que esses outros jogos, nada de surpresa.
3) O que você esta considerando bom senso é uma percepção subjetiva do que é bom e o que não é. A análise quantitativa iria diminuir o grau de subjetividade um pouco, foi apenas isso que eu disse. Da analise tendênciosa, fica claro pra você que não é porque você é você, sabe o que passa na sua mente e suas intenções. Outras pessoas não sabem, como eu, não posso ler sua mente e intenções, logo sou obrigado a trabalhar com todas as hipóteses. O bias era uma hipótese. Mas tudo bem, se você esclacereceu que não era a intenção, justo, acreditarei em você então.
4) Eu não disse que acho as sidequests do BOTW boas. Também não disse que acho elas ruíns, na verdade, não apresentei minha opnião sobre elas. Veja de novo, disse que não iria questionar isso, não tenho interesse. O que eu questionei foi sua abordagem ao apresentar exemplos de quests de BOTW, a abordagem minimalista.
Quando eu mencionei a quantificação, que admito, daria muito trabalho, você não quis fazer, mas agora me pede para eu explicar quests que eu ache boas, o que vai me dar muito trabalho, meio injusto você, não? XD. Brincadeiras a parte, vou atender esse pedido dessa vez, embora vá me tomar mais tempo do que eu deveria passar aqui. Vou citar uma quest que achei muito muito marcante e interessante e que de quebra é ideal para me permitir demonstrar que contexto é importante e que abordagem minimalista não é adequada. Para isso, vou apresentá-la de duas formas diferentes, uma minimalista, e outra com contexto. É uma Normal mission de Xenoblade Chronicles X.
4.1) Com a abordagem minimalista que você usou para as quests do BOTW:
. Ao chegar no local A, quest se inicia.
. Pegue n items para NPC X.
. Fale com NPC Y no local A.
. Vá a local B.
.Fale com NPC Z
.Volte até o local A.
. Quest completa.
É isso, não parece nada de interessante, mas talvez desse jeito seja difícil julgar, vamos ver de outra forma então.
4.2) Apresentando o contexto. A quest se chama, The Miracle Maker, " O Realizador de Miligres".
Ao chegar na Catedral do distrito residencial de NLA, o grupo se depara com uma discussão. No local há Ma-non (raça alienígena do jogo) e uma Humana, chamada Frasie, líder de um culto da igreja. O grupo fica sabendo que ultimamente vários Ma-non de NLA tem ficado severamente doentes, e ninguém até então era capaz de dizer o que estava acontecendo, muito menos curá-los, incluindo os próprios doutores Ma-non, cuja tecnologia é superior a humana. Porém, Fraise uma líder da catedral oferece ajuda aos infermos, oferecendo a palavra de um Deus, the Miracle Maker, e uma água/elixir milagrosa. Estes Ma-nos tratados com ela acabam melhorando, e acabam se convertendo ao culta da religião que ela prega, pois essa religião fez o que nem a ciência avançada deles foi capaz. Fraise possui também uma assistente Ma-non, uma fiel devota que a ajuda com os assuntos do culto. A discussão que o grupo presenciou era entre Frasie, e um Ma-non cientista e cético, que suspeitava que algo estranho estava acontecendo e queria uma amostra da água milagrosa, para análise laboratorial. Ele dizia que crenças em deuses invisíveis sem nenhuma evidência é tolice, ela dizia que ele é herege e estava querendo corromper os outros. Mas pressionada por ele (a discussão era em publico, na frente dos fieis e na frente do nosso grupo) ela aceita uma proposta, dar um pouco da água milagrosa a ele, se trazerem pra ela 2 items que estavam em falta no estoque da catedral. O ma-non cientista aceita a proposta.
Sabendo que não seria fácil encontrar os 2 items, o cientista pede nossa ajuda para desmascarar a suposta farsa. Aceitamos então ir buscar os items enquanto ele investigar as redondezas da estação de tratamento de água de NLA, que segundo ele, foi onde ocorreu os primeiros casos da doença.
Ao encontrar os items e voltarmos a catedral, o cientista nos conta que não pode investigar a região de estação de tratamento (que fica fora de NLA), pois foi atacado por criaturas nativas e teve que fugir. Os items são entregues a Fraise, e ela acaba então dando uma amostra da água abençoada ao cientista. O cientista propõe que nossa grupo tente investigar então a estação de tratamento, enquanto ele analisa a água.
Durante as investigações, nossa grupo encontra algo que chama atenção. A Ma-non assistente da Fraise estava em uma região próxima da estação de tratamento, num local por onde a água coletada estava. Ela parecia tentar adicionar algo, quando o grupo a interrompe. Ela é questionada a dizer o que estava fazendo. Pressionada, ela diz que estava fazendo parte do ritual que formulava a água milagrosa. Se sentindo encuralada e assustada ela pede então intervenção do Deus, e bebe dos conteúdo que carrega. Nota-se que ela realmente acredita no Deus, acredita que ele o ajudaria.
Ela morre,
com alguns delírios durante o processo. O Deus não realizou um milagre por ela.
Não restando mais nada a se fazer, o grupo coleta o conteúdo que estava com ela e retorna a catedral. Lá o cientista e a Fraise estavam novamente a discutir. O grupo chega e conta o que aconteceu. Em publico, na frente dos fieis. Fraise nega. O cientista pede então o conteúdo que o grupo trouxe, e diz que acabará com a farsa de uma vez. Ele bebe, e começa a morrer. Ele diz que o que estava sendo efeito é que alguém de grande conhecimento, havia projetado um veneno até então desconhecido, que afetava a biologia dos Ma-nons, e que a água milagrosa, era água com uma dose de antidoto deste veneno, para que o culto fosse visto como milagroso. Ele bebe a amostra de água que havia ganhado mais cedo na quest, e gradativamente se recupera. Com essa demonstração, os Ma-nons fieis se sentem enganados pela Frasie, o culto havia sido exposto. Surpresa e assustada, Fraise consegue fugir, dizendo que não deveriam ter brincado com a irá deste Deus.
É, vendo assim, me parece que contexto importa muito. A quest foi memorável para min por trabalhar com temas interessantes e tão polêmicos abertamente. Ao final disso tudo o cientista agradece, e diz que como esperava, religiões são fúteis ou ilusões, e que a espécie Ma-non chegou tão longe sem nunca ter precisado de religiões, não seria agora que precisariam disso. Nosso avatar recebe opção de retruca, uma mais ou menos esperada, a de que o cientista não deveria extrapolar o ocorrido para concluir algo sobre todas as religiões. Outra, inesperada para min, o jogo dava a opção de concordar com a declaração do cientista. Na hora eu lembrei de como falam do diretor Takahashi e dos temas gnósticos de Xenogears, e agora, tinha presenciado essa quest, num jogo Nintendo first party não menos. Válido apontar também, essa quest tem um follow up, não entrarei em detalhes, mas Fraise também legitimamente acreditava no Deus, porque? essa quest follow up inclui outra raça de alienienas do jogo, os Definian, que possuem uma habilidade peculiar, eles são shapeshifting...
5) Justo, não é a forma que vejo, mas justo.
6) Aparentemente você não viu o vídeo. Ele fala de full open worlds e jogos de mundo vasto. Souls não é nenhum dos dois. Por isso, o uso de empty space deles tem propósito e metodologia diferente (vejo aqui que não é atoa o comentário do Extremezelda).
7) E você discordar fortemente é, em ultima instância, irrelevante (sei que soa rude dizer isso, mas não é minha intenção). Você mesmo já deve estar ciente, BOTW foi de cabo a rabo comparado com todos os jogos possíveis, principalmente open worlds. Comparado com elder scrolls, com todos os open worlds da Ubisoft, assassins creed, far cry etc, com the witcher 3, com fallout, com final fantasy XV, etc, etc etc. E o consenso geral é que BOTW é aula de como fazer open world e mundo. Seu tópico pedia por opiniões, essa é a geral, a da maioria. Como você quer lidar com isso, fica pra você.