Ryuuma escreveu:Uma ultima tentativa pra ver se entra alguma coisa na sua cabeça (extrapolando com aleatoriedades para outras franquias):
A franquia GoW não tem nada a ver com Zelda, são dois tipos de jogo completamente distintos, com propostas completamente distintas.
Entretanto, podemos citar o primeiro Dark Souls como um game que lembra muito Zelda, mas também lembra GoW, JUSTAMENTE porque foca tanto em elementos de combate quanto em elementos de puzzle/exploração.
O fato de você empunhar uma espada pra matar meia duzia de personagnes aqui e acolá não serve para caracterizar Zelda como um jogo de combate. O elemento de puzzle foi surgindo na franquia enquanto o combate foi perdendo espaço, mas quando se fala de um IP com mais de 30 anos de vida precisamos analisar o TODO e não apenas um jogo ou outro.
Zelda se consolidou como um jogo de exploração e puzzle com combate sendo um elemento secundário, lide com isso, ou então, passe o resto da sua vida se frustrando jogo após jogo, porque você nunca vai estar satisfeito com o que vai ser oferecido no aspecto de combate.
O God of War novo tem muitos elementos em comum com Zelda, então a comparação é totalmente válida. Claramente você não jogou o GoW 2018, pra achar a comparação absurda.
Zelda já era uma série consolidada na época do AlttP, então esse argumento que a série se consolidou com puzzles não bate, pois só foi aparecer depois.
Qualquer um que acha absurdo comparar Zelda com Demon's e Dark Souls claramente não conhece suficiente da franquia, porque principalmente no Dark Souls você também tem um mundo interconectado que requer exploração, sendo um elemento tão importante quanto o combate.
E não vou ficar a vida todo frustrado porque os Zeldas anteriores principais, tirando o Skyward Sword, tiveram combates refinados para suas respectivas épocas. O grau de evolução em cada pilar foi de ponta. Se você joga o Ocarina of Time, Majora's Mask ou Twilight Princess, sente que os jogos são extremamente avançados para suas épocas. O ALBW também é ótimo dentro da sua proposta de sucessor do AlttP. Não é o caso do BotW, porém.
Rafaelm escreveu:Ja mostrei que o jogo tem parry, esquiva e tudo que tu fala que dark souls e gow tem como se Zelda não tivesse. Sério nem perco mais meu tempo, hateia o jogo mesmo e fica sem jogar grandes jogos.
A questão é como é o design dos desafios dentro do jogo, os combates e os bosses não são projetados com uma complexidade que necessite masterizar o uso dessas mecânicas. Você vence tudo só spammando Y ou abusando da mecânica de Flurry Rush.
Aguardando os seus vídeos demonstrando complexidade mecânica no BotW.
GrayFox escreveu::fester:
Okay, se uma entrevista com o cara que dirigiu os jogos a partir de Ocarina of Time falando que ele dá um foco maior nos puzzles e na exploração não é o suficiente pra convencer você, eu não sei mais o que fazer.
Arthimura escreveu:A série só foi ter puzzles porque o Aonuma gostava, e não porque foi um requisito do Miyamoto ou de filosofia da série.
Assim como o Miyamoto também não colocou o combate como foco. Aliás,
a própria concepção da franquia veio de reproduzir a experiência dele explorando cavernas, florestas e afins, então não é difícil afirmar que o foco principal, originalmente, era a exploração (como o Ryuuma esteve afirmando esse tempo todo).
Os três elementos que citou são, de fato, pilares pra franquia, mas isso não quer dizer que o foco entre eles é distribuído igualmente. No caso, Breath of the Wild se voltou mais para a exploração, porque esse é o foco de Breath of the Wild, assim como Twilight Princess teve um foco maior em combate porque esse é o foco de Twilight Princess.
É como afirmar que todos os Zeldas a partir de Zelda 2 são ruins porque eles não tem um sistema de exploração tão bom quanto o de Zelda 1. Afinal, esse é um dos pilares da franquia, não? E nenhum dos jogos subsequentes superam Zelda 1 nesse quesito.
Arthimura escreveu:Also, péssimo comentário sobre Morrowind. Joguei Morrowind, Oblivion e Skyrim, e diversos jogadores e até mesmo a comunidade do TES criticam muito o combate do Morrowind. É visto como um grande defeito do jogo, e existem diversos mods pra tentar consertar essa parte.
Sim, o combate é criticado, mas, apesar disso, o jogo é amplamente considerado como sendo o melhor TES, puramente pela força de seus outros aspectos, que são o foco do jogo.
O jogo não tem um foco no combate (i.e.: as quests principais raramente requerem combate, geralmente pedindo que você vá falar com alguém, ou vá explorar alguma área e interagir com o meio), apesar de ter combate, e por isso ele sofre menos com isso.
Em nenhum momento de ambas as entrevistas é dito que o combate não é o foco da franquia. É até absurdo dizer isso, a série tem três pilares, e dizer que um não é o foco. Se não fosse, nem seria um pilar.
Ninguém disse, entretanto, que o foco é distribuído igualmente, isso varia de jogo para jogo. Porém, sendo um pilar e um aspecto do jogo que o jogador está em contato constante faz com que, ao ser raso, seja um defeito no jogo.
Also, você parece ser daqueles que fala dos jogos antigos mas nunca jogou. Eu, curiosamente, cheguei a jogar o primeiro Zelda, e o elemento que mais prevalece nele é o combate, de longe. Você fica combatendo inimigos 90% do tempo, entra em dungeons que consistem de salas onde você derrota todos os inimigos pra pegar uma chave e prosseguir. No final enfrenta algum chefe ameaçador.
Sobre o Morrowind, não, não é visto como o melhor. A maioria que idolatra o jogo é apenas por nostalgia, porque jogando hoje em dia fica nítido os defeitos do jogo. Tanto que a maioria que joga hoje enche de mods pra fazer o combate funcionar de forma minimamente satisfatória, além do jogo ter bastante bugs.
O jogo que é realmente bom e que possui cada pilar num nível satisfatório é o Oblivion.
Spyro, the Dragon escreveu:Kkk, lembro que antes de entrar no forum, teve um tópico que eu tinha visto que me fez rir pra caramba, onde esse figura ai teve todos os argumentos quebrados pelo lpslucasps, mas o ego era tão grande, que ao invés de admitir que o outro estava certo, ficou repetindo a mesma ladainha até que os outros cansaram da imaturidade e deixaram pra lá.
viewtopic.php?f=7&t=1252E teve um do monster hunter também acho, pra pagar de edgy.
E novamente o cara tem a cara de pau de dizer que não teve seus argumentos quebrados aqui, lol. Aprende com o Grayfox, Arthimura, quando o Ryuuma corrigiu um detalhe de um post dele, ele reconheceu sem problemas, é mais maduro do que ficar pagando mico repetindo coisas erradas e fazendo malabarismo por causa de orgulho bobo, lol. Não é a toa que o pessoal já nem leva mais a sério.
Pelo contrário, ele que teve os argumentos quebrados, pois quis sair inventando gêneros e definindo de forma arbitrária quais jogos são do gênero x ou y, e quais definições arbitrárias fazem um gênero, com autoridade sabe-se lá tirada daonde. Isso é coisa de jornalista de videogames que posta umas opiniões sem base nenhuma de uma forma prepotente como se fossem fatos. Aí a massa aceita como verdade absoluta.
Fóruns de vídeo-games são justamente o contrário, são para pessoas normais terem conversas reais com opiniões reais. É até óbvio o que vou falar, mas se você se incomoda com discussões e opiniões diferentes, você não deveria estar em um fórum.
Eu não sei porque o pessoal estranha tópicos de discussões, no NeoGaf esse tipo de tópico rende discussões interessantíssimas.
King escreveu:Por mais que eu concorde com muitas reclamações do tópico, só quero dar minha opinião. Acho que o maior problema de Breath of the Wild não é o combate, nem quests. É a repetitividade do jogo com o passar do tempo.
No início é tudo muito bom e novo, mas é só sair do plateau e completar umas duas divine beasts que você já viu 90% do que o game tem. São acampamentos com inimigos iguais, shrines com a mesma temática e que só mudam puzzles, as quatro divine beasts também com a mesma temática das shrines e com a mesma mecânica só com puzzles diferentes, as mesmas quests chatas de coletar coisas...
Até o combate sofre com essa sensação de estar jogando algo repetitivo; no late game você vira um deus e no fim não explora outras opções de combate que o game te dá. Basicamente é só usar flurry rush, bomb arrows ou simplesmente matar a todos com suas armas com poder +50.
É triste porque talvez esse problema pudesse ser remediado. Ao invés de 120 shrines com a mesma música e mesmo tema, por que não menos com mais diversidade? Por que não colocar mais inimigos? Breath of the Wild tem um mundo tão grande e rico, e ao mesmo tempo tão poucos inimigos... Cadê os Poe? ReDead? Skulltula? Deku Baba? Parece que o mapa inteiro é cheio dos mesmos três inimigos, Bokoblins, Moblins e Guardians... E ainda tem os bosses do overworld. Acho que nem preciso comentar sobre eles. Ou sobre os três.
E as divine beast, as quatro podiam ter algo mais... único? Sei lá, Podiam encher Vah Ruta de algas por ela estar submersa na água e fazer puzzles usando isso, podiam botar neve em Vah Medoh, Vah Naboris podia ter areia... Alguma coisa além de puzzles que pudessem dar mais identidade as 4.
Enfim, essas são reclamações pessoais e eu adorei o jogo, só não o achei perfeito. Essas coisas que eu falei acima são as coisas ruins do jogo, mas ao mesmo tempo ele também tem coisas boas. A liberdade, a art style, que me lembra muito um fucking filme do Ghibli, as próprias shrines, que mesmo sofrendo com repetição são muito bem feitas, e... o combate.
Não, o combate não é complexo. Mas honestamente? Funciona bem e é super divertido. Nunca me frustrei tanto e ao mesmo tempo me diverti em um game enquanto tentava matar um Lynel. Acho que esse é um dos poucos inimigos que realmente demonstram que a coisa não é tão rasa assim porque existe um número respeitável de opções pra matá-lo. Você pode atirar na cabeça dele e montar pra dar dano. Pode ou não pode usar flurry rush. Pode ou não pode dar parry com o escudo e aproveitar pra encher ele de porrada. Pode ou não usar stasis e aproveitar enquanto ele tá parado e novamente encher ele de porrada. O combate de BOTW não é lá essas coisas se comparado a outros games, e também não é perfeito, muito pelo contrário, mas sinceramente, não vejo muitos motivos pra reclamar sobre isso. Pode-se dizer que o foco principal do game nem é o combate, afinal.
E sobre as quests, a maioria é horrível, mas as que são boas... Wow. A de Tarrey Town deve ser a minha favorita. Aquela em que você tem que carregar um cubo gigante de gelo por Gerudo Desert também é ótima.
Enfim, eu queria falar mais coisas mas tô com preguiça lol. Pra encerrar, eu acho que BOTW mereceu GOTY sim.
Bom post, concordo que o maior problema é o jogo ser repetitivo. O combate não seria um problema se o jogo fizesse as outras coisas com excelência, mas como não foi o caso, as falhas em cada pilar acabam ficando mais incomodas.
Se as quests trouxessem mais história e worldbuilding, e as bestas fossem mais diversificadas e interessantes, seria mais fácil de relevar o combate. A main quest também é muito pequena, e de fato nos shrines pecaram pelo excesso, seria bem melhor se fizessem menos shrines porém mais detalhados e únicos. Sem falar nos shrines que você só entra e pega o baú direto.
Eu também gostei do jogo, se eu fosse dar uma nota seria 7.5. Agora pra definir com propriedade o GOTY do ano passado eu penso que a pessoa tem que ter terminado, além do Zelda, outros jogos de peso, como Persona 5, NieR Automata, Mario Odyssey e Horizon: Zero Dawn. Porém acho que são exceção as pessoas que jogam os principais jogos de um ano, então geralmente falam que o GOTY é o único jogo daquele ano que jogaram, ou um dos únicos. Deve ter sido o caso do BotW pra muita gente.