Capítulo 7
- BERENIIIIIIIIIIICEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! - André soltou um grito agudo, que quase fez os ouvidos de Alejandro sangrarem. Fechou os olhos e abraçou o pequeno corpo já sem vida à sua frente e olhou para o príncipe de Manaus lacrimejando. - Você... - não terminou de falar, atingiu o rapaz no estômago com sua espada, que deu alguns passos para trás e caiu em seguida.
Restam 6 participantes.
O baiano suspirou fundo, olhando para a lâmina ensanguentada. Seu coração batia muito rápido e a respiração estava acelerada... Não conseguiria dormir aquela hora, de forma alguma. Ele tremia, esperou um pouco até sentir-se mais calmo e pegou o machado de Ale que estava no chão, logo retornando para pegar o soco inglês de sua falecida compatriota.
- Vou dar o meu melhor, Bernarda.
Não muito longe dali, FF tentava a todo custo compreender como funcionava um dispositivo abaixo de uma pedra, que a pomba mais amada do Blast havia encontrado. Sua cabeça estava caindo devido ao sono, mas Vits não queria descansar, queria resolver aquilo de uma vez.
- Talvez se pudéssemos fazer isso de manhã... - resmungava o curitibano, enquanto o rapaz ao seu lado fazia cara feia.
- É a nossa chance, pru. - lhe deu um tapa nas costas. - Deixe de ser preguiçoso, anda! Pru. - apontou o estilingue para a cabeça dele, como se o fizesse de refém. Felipe mexeu mais um pouco nos fios, e foi questão de tempo até que ouvisse um gemido de dor ao seu lado. Olhou para trás com os olhos arregalados, aquela escuridão toda dava muito medo. O fato de não conseguir ver por entre as árvores o preocupava ainda mais.
-...Te achei. - disse Guilherme, chamando a atenção de FF. Ele estava deitado acima da pomba, havia atingido suas costas com o mangual... O ferido não dava mais sinais de vida.
Restam 5 participantes.
Felipe suspirou aliviado, sentando-se no chão. O artesão de porcelana se levantou, arrastando o corpo do chão para trás de uma moita. Logo retornou para sentar ao lado do amigo, ambos pareciam exaustos, estavam suando e ofegantes.
- A-Acho que não nos encontramos como queríamos. - declarou o sulista, rindo. Passou a mão pelo braço dele, escorregando até sua mão direita. - Estava tudo planejado para Campinas...
- E viemos parar nesse inferno. - completou, com um leve rubor na face.
- O Mikael ainda tá vivo? - arqueou uma das sobrancelhas ao notar o incômodo do outro ao ouvir a pergunta.
- N-Nós brigamos, mas espero que ele esteja bem.
- O que aconteceu?
- Ele tem outro. - Felipe arregalou os olhos ao ouvir tal revelação. - Guilherme, eu... - parou de falar ao ouvir um barulho agudo vindo do chão, quando olhou para o mesmo viu uma luz verde forte. Empunhou sua chave de fenda e afrouxou alguns parafusos e após remover o pedaço de metal presente ali, encontrou uma chave dourada com os dizeres: "Parabéns, você conseguiu." O curitibano não pensou duas vezes, pegou o objeto e avançou na direção de Guilherme, que o olhava espantado.
- Felipe, o que você tá fazendo, ficou louco? - perguntou, vendo o rapaz aproximar-se de sua tornozeleira com a chave.
- Você precisa fugir.
- N-Não, eu não vou, foi você que achou, não é justo... - FF o ignorava, tomando coragem para mexer na tornozeleira.
- Guilherme! - Mikael chamava, enquanto corria pela floresta escura. Sentia medo, ouvia barulhos estranhos... O clima estava o lembrando sua cidade natal, Atibaia, onde costumava caminhar madrugada a dentro. - Guilherme, cadê você!?
- Ouviu isso? - perguntou, querendo levantar-se, mas o outro não deixou. A chave foi de encaixe com a fechadura e um barulho agudo fez-se presente, repetindo 3 vezes.
Restam 3 participantes.
Mikael estremeceu ao ouvir uma explosão alta não muito longe dali, suspirou fundo e correu até o local... Não pôde acreditar na cena que estava vendo. Sentiu lágrimas se formarem em seus olhos ao notar o corpo de quem estava ao lado do de Guilherme. Caiu de joelhos sobre o chão, em prantos.
- V-Você morreu pra mim. - declarou, nos confins da madrugada.